Ruínas
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Devastada era eu própria como cidade em ruína
Que ninguém reconstruiu
Mas no sol dos meus pátios vazios
A fúria reina intacta
E penetra comigo no interior do mar
Porque pertenço à raça daqueles que mergulham de olhos abertos
E reconhecem o abismo pedra a pedra anémona a anémona flor a flor
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Minotauro
1 Comments:
Ontem o sistema não abriu...!
...diz-me muito este poema...talvez de tudo...esta raça
a que me sinto pertencer...mergulho de olhos abertos...e o fundo do mar é fabuloso!
beijo
concha
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