domingo, março 27, 2005

Sobe o pano...


Posted by Hello
Onde se solta estrangulado grito
Humaniza-se a vida e sobe o pano.
Chegam aparições dóceis ao rito
Vindas do fosso mais fundo do humano.

Ilumina-se a cena e é soberano,
no palco, o real oculto no conflito.
É tragédia? É comédia? É, por engano,
O sequestro de um deus num barro aflito?

É o teatro: a magia que descobre
O rosto que a cara do homem cobre,
E reflectidos no teu espelho - o actor -

Os teus fantasmas levam-te para onde
O tempo puro que te corresponde
Entre horas ardidas está em flor.

Natália Correia

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Adoro este poema,só me consigo emcionar...não precisa de nehum comentário,é quase um hino...são poemas assim que guardo...
um abraço
Inês.

10:02 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Gostava de ver algo escrito por ti, estou certo que nos irias surpreender!
Boa Páscoa,

Yanus

11:47 da manhã  
Blogger Rebuçado de Funcho said...

:)Abraço, Inês!

Yanus... Um dia, quem sabe?? Boa Páscoa!

1:15 da tarde  

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