Sobe o pano...
Onde se solta estrangulado grito
Humaniza-se a vida e sobe o pano.
Chegam aparições dóceis ao rito
Vindas do fosso mais fundo do humano.
Ilumina-se a cena e é soberano,
no palco, o real oculto no conflito.
É tragédia? É comédia? É, por engano,
O sequestro de um deus num barro aflito?
É o teatro: a magia que descobre
O rosto que a cara do homem cobre,
E reflectidos no teu espelho - o actor -
Os teus fantasmas levam-te para onde
O tempo puro que te corresponde
Entre horas ardidas está em flor.
Natália Correia
3 Comments:
Adoro este poema,só me consigo emcionar...não precisa de nehum comentário,é quase um hino...são poemas assim que guardo...
um abraço
Inês.
Gostava de ver algo escrito por ti, estou certo que nos irias surpreender!
Boa Páscoa,
Yanus
:)Abraço, Inês!
Yanus... Um dia, quem sabe?? Boa Páscoa!
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