terça-feira, abril 12, 2005

Como quisesse livre ser...


Posted by Hello
Como quisesse livre ser, deixando
As paragens natais, espaço em fora,
A ave, ao bafejo tépido da aurora,
Abriu as asas e partiu cantando.

Estranhos climas, longes céus, cortando
Nuvens e nuvens, percorreu: e, agora
Que morre o sol, suspende o vôo, e chora,
E chora, a vida antiga recordando...

E logo, o olhar volvendo compungido
Atrás, volta saudosa do carinho,
Do calor da primeira habitação...

Assim por largo tempo andei perdido:
— Ali! que alegria ver de novo o ninho,
Ver-te, e beijar-te a pequenina mão!

Olavo Bilac

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

...e quem disse que adivinar é impossível?
...gosto muuuuuuito deste poema!
Um beijinho grande e o meu primeiro sorriso,bom dia.
concha

6:39 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Volto aqui,imperdoável...a imagem é lindíssima,...como sempre,as tuas fabulosas escolhas,beijo.

6:41 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home

Number of online users in last 3 minutes


referer referrer referers referrers http_referer

Locations of visitors to this page