Como quisesse livre ser...
Como quisesse livre ser, deixando
As paragens natais, espaço em fora,
A ave, ao bafejo tépido da aurora,
Abriu as asas e partiu cantando.
Estranhos climas, longes céus, cortando
Nuvens e nuvens, percorreu: e, agora
Que morre o sol, suspende o vôo, e chora,
E chora, a vida antiga recordando...
E logo, o olhar volvendo compungido
Atrás, volta saudosa do carinho,
Do calor da primeira habitação...
Assim por largo tempo andei perdido:
— Ali! que alegria ver de novo o ninho,
Ver-te, e beijar-te a pequenina mão!
Olavo Bilac
2 Comments:
...e quem disse que adivinar é impossível?
...gosto muuuuuuito deste poema!
Um beijinho grande e o meu primeiro sorriso,bom dia.
concha
Volto aqui,imperdoável...a imagem é lindíssima,...como sempre,as tuas fabulosas escolhas,beijo.
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